11 de mai. de 2008

Máquina do Tempo

Sentada e, frente à lareira,
ela contempla o fogo
não por ser belo,
mas por lembrar o tempo;
tempo em que sua mãe
esquentava o leite
no fogão a lenha;
tempo em que
sua única preocupação
era dormir cedo
e, sua unica certeza,
era o beijo de boa noite.
Agora, a pobre vózinha
vive perdida em lembranças,
vivendo uma mistura
de presente e passado,
amando e desejando
a presença dos filhos e dos netos.
Em todas as noites
fica a esperar o beijo
de boa noite de sua mãe,
que não mais acontece.
O pouco tempo que lhe resta
esvai-se entre seus devaneios
de passado e presente.



Escrito por Leonardo e públicado pela AGEI em "Vôo Independente 5" 2006

Um comentário:

The Eldar disse...

Confio no potencial de vocês dois. ^^
Boa sorte!
PS: eu acho mais simples se os comentários abrem em outra janela =P assim demora pra carregar...